Ser catequista é ser jardineiro de gente



Ser catequista não é uma profissão, mas uma vocação: é o que afirma o Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do Simpósio Internacional sobre Catequese, em andamento na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA), em Buenos Aires.


Em primeiro lugar, a catequese não é um trabalho ou uma tarefa externa à pessoa do catequista, mas se “é” catequista e toda a vida gira em torno desta missão. De fato, “ser” catequista é uma vocação de serviço na Igreja, que se recebeu como dom do Senhor para ser transmitido aos demais. Por isso, o catequista deve constantemente regressar àquele primeiro anúncio ou “kerygma”, que é o dom que transformou a própria vida. Para Francisco, este anúncio deve acompanhar a fé que já está presente na religiosidade do povo.

O catequista, acrescentou o Papa, caminha a partir de Cristo e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideias e gostos, mas se deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração. Quanto mais Jesus toma o centro da nossa vida, mais nos impulsiona a sair de nós mesmos, nos descentraliza e nos faz mais próximos dos outros.

A vocação do catequista consiste em «ser», e não em «agir». Por isso, quem educa para a fé deve «guiar rumo ao encontro com Jesus, com palavras e com a vida, com o testemunho», sem ter medo de «sair» dos próprios esquemas para seguir Deus, porque «Deus vai sempre além», recordou o Papa Francisco aos participantes no congresso internacional de catequese, recebidos na parte da tarde de 27 de Setembro, na sala Paulo VI.

Ser catequista não é opção pessoal, é chamado! Catequistas são pessoas chamadas por Deus e enviadas pela comunidade, que vai educar na fé aqueles que desejam seguir os passos de Jesus na comunidade católica. Por esse motivo, devem ser imagem viva de Jesus no meio do povo.
“Ser catequista é uma missão repleta de desafios e bênçãos. Poder plantar a semente do amor de Deus no coração das crianças é extraordinário. Sempre penso que Cristo não me confia apenas às crianças que passam pela catequese, mas também às famílias. Hoje sei que sou vocacionada neste amor e que a caminhada deve ser baseada na acolhida, perseverança e esperança. A capacitação vem com a confiança de que é Deus quem faz a obra. Eu apenas me deixo ser um instrumento; mesmo diante da minha condição humana, Deus é quem age. Louvado seja Deus por me conceder essa graça, e peço a bênção para todas as catequistas. Que Ele nos guie e ilumine nosso caminho, a fim da nossa doação ser sempre integral para sua honra e glória.”


Parabéns Catequistas!!!

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